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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Guia Genealógico da Casa Principesca de Mesolcina, edição 2025


É com grande prazer que publicamos a todos, de maneira sempre gratuita e aberta a todos, o Guia Genealógico da Principesca e Ducal Casa de Mesolcina, edição 2025.



Diferente de um Anuário, como o da Casa Imperial do Brasil, que coloca apenas os parentes do atual Chefe da Casa Imperial, o Guia Genealógico publica sempre a genealogia completa da Casa Principesca de Mesolcina, desde o Conde Ascanio I, O Longevo, que foi o 1º Conde de Trivulzio no ano 920, até o atual Chefe da Casa Principesca, bem como todos os parentes e todas as linhas colaterais, sendo o mais completo trabalho genealógico sobre a linhagem principesca dos Gonzaga Trivulzio Galli que existe no mundo. 

Aqueles que quiser fazer o Download gratuito, acessem:

https://pt.slideshare.net/slideshow/guia-genealogico-da-principesca-e-ducal-casa-de-mesolcina-2025-pdf/275370127

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

O "Pacto Familiar de Bruxelas" e a criação do título de Príncipe de Orléans-Bragança, ou de Príncipe de Orleans e Bragança

 


É muito comum aos estudiosos afirmarem que o acordo familiar da Família Orléans, chamado de "Pacto de Bruxelas" teria "criado" o título de Príncipe de Orleans e Bragança. Essa ideia, que como comprovaremos, é errônea, vem sendo repetida incansavelmente desde o início do século XX. Vamos a ela.


Segundo a ideia propagada, teriam reunido-se Louis-Philippe III, Duque de Orléans, Chefe da Casa Real de Orléans de França (filho do falecido Louis-Pilippe II d'Orléans (ou "Philippe VII", Conde de Paris), o Duque de Montpensier, o Duque de Guise (futuro Chefe da Casa de Orléans, após a morte do Duque de Orléans), que assinou representando a si e a seu pai, o Duque de Pentièvre, além do Príncipe Luiz Gastão, Conde d'Eu e seus três filhos, D. Pedro de Alcântara, D. Luiz Gastão e D. Antonio de Orléans-Bragança. E que nesta reunião familiar, ocorrida em 1909, teria o Duque de Orléans "criado" o título de Príncipe de Orléans e Bragança, hora dizem para o Conde d'Eu e seus três filhos, hora dizem apenas para os três filhos do Conde d'Eu...


Isso porém nunca aconteceu, e vamos aos fatos.

Após a proclamação da república no Brasil em 1889 e o exílio de D. Pedro II e sua família na Europa, primeiro em Portugal, depois na França, o Conde d'Eu, marido da Princesa D. Isabel I do Brasil, simplesmente arrependeu-se do fato de ter explicitamente renunciado ao lugar que tinha na sucessão francesa, justamente por estar agora de volta à França, onde o sobrenome Orléans tinha grande prestígio. Quis assim ter novamente para si um lugar na Casa de Orléans, e que seus três filhos, nascidos Príncipes do Brasil, também adquirissem um lugar na Casa de Orléans. A primeira tentativa do Conde d'Eu deu-se logo de sua chegada à França, quando envia uma carta a seu primo, Louis-Philippe, Conde de Paris (neto de Louis-Philippe I, rei dos franceses, mas não Rei da França). 


A resposta, porém, do Conde de Paris não fez-se esperar: em uma carta endereçada ao Duque de Alençon deixa clara a sua posição:

"Meu querido Alençon, […] as possíveis reivindicações de Gastão para reclamar sua posição na Casa da Orléans e tudo mais que é relacionado são absolutamente inaceitáveis. Você viu em minha carta que eu nem imaginei que tais direitos sequer existiam. Quando alguém deixa a Casa da França para se tornar um estrangeiro, quando alguém renuncia a vida de exílio na expectativa, esperançoso e permanecendo sincero quanto a França, para assim procurar em um trono estrangeiro uma posição oficial, tal ato possui consequências irrevogáveis."

Em suma: o Conde de Paris deixa claro que o Conde d'Eu tornou-se brasileiro com seu casamento com a Princesa D. Isabel do Brasil e que seus três filhos são brasileiros, não são franceses, e não tinham lugar na Casa de Orléans. Porém, como sabemos, vivendo no Castelo d'Eu com a Princesa D. Isabel, que mantinha estreita correspondência com monarquistas brasileiros, o Conde d'Eu tinha muito tempo livre para seguir continuando suas súplicas. Após a morte do Conde de Paris, novamente mandou uma carta ao filho deste, Luis-Philippe, Duque d'Orléans, onde pede novamente para si e seus três filhos a condição de Dinastas franceses. A resposta do Duque de Orléans não deixa dúvida sobre o posicionamento a esse respeito, naquilo que ficou conhecido como Nota de 15 de julho de 1901:

O Senhor Conde d'Eu, por ter tomado como residência o Brasil sem o intuito de retornar em 1864, pelos compromissos que o prenderam à coroa brasileira, pela sua renúncia formal aos seus direitos sucessórios quanto à coroa da França, por sua adoção da nacionalidade brasileira, perdeu seus direitos à sucessão da coroa da França e seu status como membro da Família Real da França. Os filhos do Conde d'Eu, nascidos brasileiros de pais brasileiros e dinastas brasileiros, nunca foram príncipes da Casa da França, um status apenas concedido por nascimento e que pode ser perdido mas não ganho.

Sendo assim, eles não podem tornar-se príncipes da Casa da França, nem seu pai pode recuperar seu status, que ele perdeu.

Isso deixa claro o posicionamento do Chefe da Casa de Orléans sobre os reiterados pedidos do Conde d'Eu. Como poderia então, apenas 8 anos depois, mudar tanto de opinião no tantas vezes referido "Pacto de Bruxelas"? A reposta é simples: não mudou

O problema com o "Pacto Familiar de Bruxelas" é que pouquíssimas pessoas já o leram: leram apenas transcrições do mesmo, cópias de traduções ao português de uma das três vias assinadas em francês... Nessas tantas transcrições dos originais (em um tempo onde não havia copiadora), e essas sucessivas traduções, muitas vezes tendenciosas ao chamado "ramo de Petrópolis" criou a ilusão de que no dito pacto se "criou" um novo título principesco, o título de Príncipe de Orléans e Bragança, criado e mantido pelo Fons Honorum do Chefe da Casa de Orléans. A tradução mais comum, que está, inclusive, na wikipédia brasileira, diz que:


Reconhecemos ao Conde d’Eu, a seus três filhos e a sua descendência masculina, principesca e legítima, além dos títulos de Altezas Imperiais ou de Altezas que lhes pertencem de direito, o título de Altezas Reais.

Reconhecemos aos três filhos do Conde d’Eu e a sua descendência masculina, principesca e legítima os títulos de Príncipes e Princesas de Orléans e Bragança.

3º. Mantemos e confirmamos Nossa Nota de 15 de julho.

4º. O Conde d’Eu e seus filhos se comprometem aqui solenemente por si e por sua descendência, a não fazer valer a pretensão à Coroa da França e à posição de Chefe da Casa de França, a não ser em caso de extinção total de todos os ramos principescos franceses com compõem atualmente a Casa de França. Registramos este compromisso solene que terá seu efeito e será estabelecido pela aposição das assinaturas destes Príncipes à nossa presente Declaração.

Declaramos este compromisso tão inviolável, tão firme e inquebrantável como se fosse tomado com juramente diante de uma Assembleia competente da Monarquia.

5º. O Conde d’Eu e seus filhos se comprometem igualmente em seu nome e nome de sua descendência a não contestar em nada ao ramo do Duque d’Alençon a posse do título de Duque de Némours.


Todavia em recente troca de correspondência com o antigo secretário do falecido Henri d'Orléans, Conde de Paris, este passou-me uma versão muito diferente do referido texto. Nela, ao invés do verbo "reconhecemos" está escrito "anotamos", e existe uma diferença abismal entre anotar algo e reconhecer algo. Basicamente o "Pacto de Bruxelas" é um acordo familiar entre os Orléans e os Orleans e Bragança onde fica claro, no Art. 3º, que o Duque de Orléans Mantém e confirma a Nota de 15 de julho de 1901, nota essa que, como está escrito acima, "sendo assim, eles (os príncipes brasileiros) não podem tornar-se príncipes da Casa da França, nem seu pai (o Conde d'Eu) pode recuperar o seu status, que ele perdeu", a além disso, apenas anotam que o Conde d'Eu e seus três filhos, para além do tratamento de Altezas Imperiais, o de Altezas Reais. Bem como anotam que os três filhos do Conde d'Eu utilizaram o título de Príncipes de Orléans e Bragança. 


O Pacto de Família, em suma, foi um reconhecimento, pelo Conde d'Eu e seus três filhos do que havia sido pontuado pelo Duque de Orléans em 15 de julho de 1901, além de assinarem que não reclamariam lugar na sucessão francesa até que todos os seus parentes Orléans estivessem vivos, e mesmo que não reclamariam o título de Duque de Némours, que os Orléans e Bragança teriam direito, vez que o Conde d'Eu era o filho mais velho do Duque de Némous. 


Neste mesmo sentido que aqui exponho, o estudioso orleanista François R. Velde é muito mais contundente do que eu ao afirmar que "O Art. 3º mantém clara e irrestrita a declaração (do Duque d'Orléans) de 1901. O único ajuste é feito à precedência em reuniões puramente familiares, e não dinásticas. Fora isso, o "Pacto" de 1909 não é nada além de uma reafirmação da declaração de 1901 [...]. O Art. 4º é que por vezes parece ter causado confusão. Neste artigo o Duque d'Orléans unicamente faz é "tomar nota" da promessa do Conde d'Eu, O Duque d'Orléans não reconhece, confirma, confere, concede, aceita, ratifica, tolera, endossa. Ele apenas "toma nota". O Conde d'Eu promete não fazer nada até depois da extinção da Casa d'Orléans. É da parte do Conde d'Eu, uma capitulação sem nada em troca. É da parte do Duque d'Orléans um mero reconhecimento de que o Conde d'Eu e seus três filhos fizeram uma promessa." (https://www.heraldica.org)


Aqui não estamos afirmando que o título de Príncipe de Orléans e Bragança não exista... Como fica claro no Anuário da Casa Imperial do Brasil, o título existe como um título de Nobreza brasileiro, dependente do Fons Honorum do Chefe da Casa Imperial do Brasil, nunca tendo sido criado pelo dito "Pacto de Bruxelas", que meramente anotou que o Conde d'Eu pediu que ele e seus filhos fossem tratados como Altezas Reais, bem como anotou que queriam ser tratados pelo título de Príncipes de Orléans e Bragança, ao passo que estes assinaram uma verdadeira capitulação diante da "Nota de 15 de julho de 1901" e nada mais.  

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Análise heráldica: Rei da Dinamarca altera seu brasão de armas / Heraldic analysis: King of Denmark changes his coat of arms


Sua Majestade o Rei Frederick X da Dinamarca anunciou, no dia 20 de dezembro de 2024 a adoção de seu novo brasão d'Armas, uma vez que até essa data, havia utilizado o brasão de sua mãe, a Rainha Margareth II, que abdicou do Trono danês há pouco mais de um ano. 

A mudança causou pouco, para não dizer nenhum impacto no mundo dos heraldistas (se bem que tenho certeza que, após essa publicação o tema será alvo de muitas outras "análises" daqueles pseudo-entendidos, que afirmam que jamais leem meus textos, que são "originais" nos seus temas, porém bem sabemos que não saberiam nada, nem de nobreza, nem de genealogia, muito menos de heráldica, se não copiarem o que escrevo). Todavia essa mudança é da maior importância, pois, se quando o Rei Charles III do Reino Unido levantou grande alarde apenas por utilizar um novo formato de coroa em seu brasão, muito mais comentários deveriam surgir com essa mudança do Rei da Dinamarca.

O Rei Frederick X, ao adotar um novo brasão de armas para si, com um desenho realmente muito diferente daquele adotado pela sua mãe em 5 de julho de 1972, recorda a todas aquelas pessoas que entendem pouco de heráldica alguns pontos fundamentais dessa Ciência Heroica, que são:

  1: Não existe "brasão de sobrenome": um brasão é sempre pessoal e, mesmo nos altos postos como o de um Chefe de Estado Hereditário, ao se herdar a Coroa o novo Rei determina qual brasão irá utilizar. No caso das demais pessoas, que não sendo Reis ou Chefes de Casas Soberanas ex-Reinantes, que portanto não são Fons Honorum, ou seja, que não podem simplesmente "adotarem" um novo brasão como um Fons Honorum faz, devem buscar a concessão do seu brasão d'Armas na autoridade heráldica competente. 

2: Que mesmo dentro de uma Família ou Linhagem Armigerante (linhagem que possui antepassado direto e legítimo que tenha recebido uma Concessão de Cota de Armas), e cujas Armas poderiam ser renovadas em sua descendência legítima e masculina, o brasão não é imutável, muito pelo contrário: deve sempre se buscar representar na realidade heráldica (ou seja, do brasão) a realidade social daquele novo armigerante (pessoa portadora do brasão).


Neste último ponto os Chefes da Casa Imperial do Brasil sempre agem corretamente, alterando seu brasão d'Armas, tradicionalmente agregando o mesmo número de estrelas em orla, que correspondam ao número das unidades federativas do Brasil; mesmo que utilizem por esta mesma forma um brasão d'Armas diferente daquele utilizado por D. Pedro II, último Imperador do Brasil.



O Rei Frederick X da Dinamarca, com seu novo brasão d'Armas, pretende lembrar ao mundo as suas possessões como Rei da Dinamarca: No primeiro quartel d'ouro com nove nenúfares (folhas-do-mar, geralmente representadas em formato de corações) de goles, com três leões de blau (azul) passantes, linguados de goles (vermelho) e coroados do campo, para a Dinamarca. No segundo quartel, de blau (azul) um carneiro de prata com chifres d'ouro para as Ilhas Faroé. No terceiro quartel de blau (azul) um urso polar de prata, rompante, para a Groenlândia. No quarto quartel, de ouro, dois leões passantes de blau, linguados de goles (vermelho) para o Schleswig. O escudo é esquartelado por uma cruz patente de prata filetada de goles (vermelho), para o Dannebrog, que é a bandeira do Reino da Dinamarca, e um escudete com o brasão da Casa de Oldenburgo. 

Note-se que o Rei abriu mão do campo de blau com as três coroas d'ouro, que representam a União de Kalmar (união histórica entre os Reinos da Dinamarca, Suécia e Noruega), e hoje representam o Reino da Suécia, para manter apenas representações de territórios onde é realmente o Soberano, e com isso, também lembrar ao mundo que faz parte do Reino da Dinamarca, além da própria Dinamarca e o Scleswig, as Ilhas Faroé e a Groenlândia. 


O exemplo do Rei dinamarquês deveria servir de exemplo para muitos heraldistas, e mesmo muitos armigerantes: a heráldica deve ser sóbria, elegante. Nessa ciência, quanto menos elementos tiver um brasão, mais forte ele se torna, uma vez que, para manter uma identificação com menos elementos, que portanto é mais fácil de ser copiado, mais importante o armigerante demonstra ser.


Por:

Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli,

18º Príncipe de Mesolcina, 21º Duque de Alvito, 25º Marquês de Melzo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Título de Príncipe de Trivulzio-Galli/ Title of Prince of Trivulzio-Galli/ Titolo di Principe di Trivulzio-Galli



O Título de Príncipe de Trivulzio-Galli foi criado em 1678, quando S.A.S. o Príncipe D. Gaetano Galli d’Alvito sucedeu ao primo S.A.S. o Príncipe D.  Antonio VI Maria Carlo Teodoro Gonzaga Trivulzio (Teodoro XI) (†1678), Lugar-Tenente de Cristo como 3º Príncipe Soberano de Mesolcina e 3º Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Impero, 8º Príncipe de Pontemuro, 9º Príncipe de Mesolcina, 9º Príncipe de Trivulzio e Par da França , Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, Duque de Bojano, Duque de Melfi, Marquês de Vigevano, Conde de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Grande di Spagna di Prima Classe e Par da França , Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXIII Chefe da Família etc. Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, que de seu casamento com a Princesa Josefa Maria Teresa Velez de Guevara von Taxis, não teve descendência.

S.A.S. o Príncipe D. Gaetano assumiu o nome de Antonio e os sobrenomes de Gonzaga Trivulzio, como previsto no testamento do primo, somando ao seu sobrenome Galli, passando assim a ser S.A.S. o Príncipe D. Antonio VII Gaetano Gonzaga Trivulzio-Galli, IV Príncipe e Duque de Mesolcina. Surgiu assim o desejo de criar um título que pudesse ser utilizado por todos os descendentes do casamento do Príncipe D. Tolomeo III Galli, IV Duque d’Alvito e da Princesa D. Ottavia Gonzaga Trivulzio, Princesa de Mesolcina. O título foi acordado em uma convenção que reuniu o Príncipe D. Tolomeo III Galli, IV Duque de Alvito, Chefe da Família, e seus dois filhos, o Príncipe D. Francesco II, Duque de Atina (herdeiro do Ducado de Alvito), que também, pelo testamento do falecido Príncipe e Duque de Mesolcina, havia assumido o sobrenome Gonzaga Trivulzio, o Príncipe D. Antonio Gaetano, recém-criado IV Príncipe de Mesolcina. Nessa Convenção familiar tratou-se que todos os descendentes masculinos do casamento do Duque de Alvito e da Princesa de Mesolcina poderiam portar o título de Príncipes de Trivulzio-Galli, e caso fossem também Prinz von Mesolcina, o tratamento de Alteza Sereníssima.


O Duque de Alvito (D. Tolomeo III Galli) e a Princesa de Mesolcina (D. Ottavia Gonzaga Trivulzio), cuja descendência, masculina e legítima, fora intitulada Príncipes de Trivulzio-Galli


O desejo dessa Convenção foi, ainda em 1678 confirmado pelo Rei Carlos II da Espanha, em sua qualidade e Fonz Honoreum como Rei de Nápoles. O título foi, em 1680, criado como um título Imperial como Fürst von Trivulzio-Galli, que seria um título subsidiário do Fürst und Herzog von Mesolcina, com o título de Prinz von Trivulzio-Galli a ser também levado pelos Prinz von Mesolcina, com o tratamento de Alteza Sereníssima, segundo as leis e costumes do Sacro Romano Imperio.

Desta forma, o título de Príncipe de Trivulzio-Galli foi criado duas vezes, uma pelo Rei de Nápoles, em 1678 como Principe di Trivulzio-Galli e na outra pelo Sacro Imperador Romano, em 1680, com o título de Fürst von Trivulzio-Galli, ambos em favor de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe e Duque de Mesolcina.


Lista dos Príncipes Titulares de Trivulzio-Galli:

1.      S.A.S. D. Antonio VII Gaetano Gonzaga Trivulzio Galli, Lugar-Tenente de Cristo como 1º Príncipe de Trivulzio-Galli, 8º Landgrave von Melzo, 4º Príncipe Soberano de Mesolcina e 4º Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Impero, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, Duque de Bojano, Duque de Melfi, Marquês de Vigevano, Conde de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Grande di Spagna di Prima Classe e Par da França, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, etc. Por Decreto (uma Lettre de Continuation) de Sua Majestade Cristianíssima o Rei Louis XIV da França[1], sucedeu ao primo como 10º Príncipe de Mesolcina e 10º Príncipe de Trivulzio e Par da França, Cavaleiro da Ordem do Espírito Santo, casado com a Condessa Lucrezia Borromeo.

2.      2º S.A.S. D. Antonio VIII Tolomeo Gonzaga Trivulzio Galli, Lugar-Tenente de Cristo como 2º Príncipe de Trivulzio-Galli, 9º Landgrave von Melzo, 5º Príncipe Soberano de Mesolcina e 5º Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Impero, 11º Príncipe de Mesolcina e Par da França, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, Duque de Bojano, Duque de Melfi, Marquês de Vigevano, Conde de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Grande di Spagna di Prima Classe e Par da França , Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, etc. Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, casado com a Marquesa Maria Archinto (†1767).

3.      3º S.A.S. D. Domenico II Gonzaga Trivulzio-Galli (1721-1801), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 3º Príncipe de Trivulzio-Galli, 10º Landgrave von Melzo, 2º Príncipe de Mesolcina-Ausserberg-Safiental e do Sacro Romano Império e depois, 6º Príncipe Soberano de Mesolcina e Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Império, 9º Conde-Duque d’Alvito, Duque d’Atina, 13º Príncipe de Pontemuro 12º Príncipe de Mesolcina, 12º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 10º Príncipe de Amelfi e Par da França, 2º Príncipe de Trivulzio-Galli, 2º Marquês Pontifício de Viminale, 2 Marquês Pontifício de Flaminio, 2º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Grande de Espanha, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXVIII Chefe da Família etc. casado com a Princesa Philippine Antoniette de Saxe-Meiningen[2].

4.     4º S.A.S. D. Domenico III Gonzaga Trivulzio-Galli, Príncipe de Mesocco (1743-1802), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 4º Príncipe de Trivulzio-Galli, 11º Landgrave von Melzo, 7º Príncipe Soberano de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Império, 7º Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Romano Império, 10º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 14º Príncipe de Pontemuro, 13º Príncipe de Mesolcina, 13º Príncipe de Trivulzio e Par da França , Príncipe de Amelfi e Par da França, 3º Príncipe de Trivulzio-Galli, 3º Marquês Pontifício de Viminale, 3º Marquês Pontifício de Flaminio, 3º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, di Melfi e di Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Grande de Espanha de Primeira Classe, Fidei Custos, XXIX Chefe da Família etc. casado com a Marquesa Maria Gabriela Alessandra Scarampi. 

5.      5º S.A.S. D. Andrea I Gonzaga Trivulzio-Galli (1745-1824), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 5º Príncipe de Trivulzio-Galli, 12º Landgrave von Melzo, 8º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 8º Duque de Mesolcina, 11º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 15º Príncipe de Pontemuro, 14º Príncipe de Mesolcina, 14º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 11º Príncipe de Amelfi e Par da França, 4º Príncipe de Trivulzio-Galli, 4º Marquês Pontifício de Viminale, 4º Marquês Pontifício de Flaminio, 4º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde de Trè Pievi, Conde  Imperial di Hinterrhein, Duque de Venosa, di Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXX Chefe da Família etc., casado com a Princesa D. Camilla Colonna

6.      6º S.A.S. D. Ercole II Gonzaga Trivulzio-Galli (1766-1826), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 6º Príncipe de Trivulzio-Galli, 13º Landgrave von Melzo, 9º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 9º Duque de Mesolcina, 12º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 16º Príncipe de Pontemuro, 15º Príncipe de Mesolcina e 15º Príncipe de Trivulzio e Par da França, Príncipe de Amelfi e Par da França, 5º Príncipe de Trivulzio-Galli, 5º Marquês Pontifício de Viminale, 5º Marquês Pontifício de Flaminio, 5º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde de Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Fidei Custos, XXXI Chefe da Família etc., casado com S.A.S. Donna Constanza Olga Gonzaga Trivulzio-Galli, Princesa de Mesolcina e de Trivulzio-Galli, Duquesa de Galli-Alvito (1789-1825) filha de S.A.S.  Don Francesco Augusto Gonzaga Trivulzio-Galli, Príncipe de Mesolcina e de Trivulzio-Galli, Duque de Galli-Alvito (1770-1847), Marquês del Dongo e de sua esposa, a Princesa Olga Tatiana Dolgorukov

7.      7º S.A.S. D. Andrea II Gonzaga Trivulzio-Galli (1768-1846), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Conde de Atina, depois, Lugar-Tenente de Cristo como 7º Príncipe de Trivulzio-Galli, 14º Landgrave von Melzo, 10º Príncipe soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 10º Duque de Mesolcina e do Sacro Império, 13º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 17º Príncipe de Pontemuro, 16º Príncipe de Mesolcina e 16º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 14º Príncipe de Amelfi e Par da França, 6º Príncipe de Trivulzio-Galli, 6º Marquês Pontifício de Viminale, 6º Marquês Pontifício de Flaminio, 6º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde  de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXXII Chefe da Família etc, casado em primeiras núpcias com a Princesa Donna Camilla Maria Amalia Piccolomini. Casado em segundas núpcias com a Princesa Donna Maria Cateria Giovanna de’ Medici, dos Príncipes de Ottajano, de quem teve a descendência:

8.      8º S.A.S. D. Domenico IV Gonzaga Trivulzio-Galli (1790-1850), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 8º Príncipe de Trivulzio-Galli, 15º Landgrave von Melzo, 11º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 11º Duque de Mesolcina, 14º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 18º Príncipe de Pontemuro, 17º Príncipe de Mesolcina e 17º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 15º Príncipe de Amelfi e Par da França, 7º Príncipe de Trivulzio-Galli, 7º Marquês Pontifício de Viminale, 7º Marquês Pontifício de Flaminio, 7º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Grande de Espanha de Primeira Classe, Fidei Custos, XXXIII Chefe da Família etc

9.      9º S.A.S. D. Angelo I Gonzaga Trivulzio-Galli (1791-1865), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Conde de Atina, depois, Lugar-Tenente de Cristo como 9º Príncipe de Trivulzio-Galli, 16º Landgrave von Melzo, 12º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 12º Duque de Mesolcina, 15º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 19º Príncipe de Pontemuro, 18º Príncipe de Mesolcina e 18º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 16º Príncipe de Amelfi e Par da França, 8º Príncipe de Trivulzio-Galli, 8º Marquês Pontifício de Flaminio, 8º Marquês Pontifício de Viminale, 8º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXXIV Chefe da Família etc., casado com a Condessa Teresa Rosa Edoarda Carafa della Spina (*14-3-1803 †4-3-1846), filha do Príncipe e Conde  Don Francesco Carafa della Spina (* 25-10-1765 † 7-11-1808), 3° Duque de Traetto, 3° Duque de Montenegro e da sua esposa (casados em 7-3-1786) Donna Paola Orsini, filha de Don Filippo Bernualdo Orsini, Príncipe de Solofra e 15° Duque de Gravina e de sua esposa, Donna Maria Teresa Caracciolo dei Principi di Avellino.

10.  10º S.A.S. D. Pietro I (& IV) Gonzaga Trivulzio-Galli (1794-1896), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Marquês de Luzzara, depois, Lugar-Tenente de Cristo como 10º Príncipe de Trivulzio-Galli, 17º Landgrave von Melzo, 13º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 13º Duque de Mesolcina, 16º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 20º Príncipe de Pontemuro, 19º Príncipe de Mesolcina e 19º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 17º Príncipe de Amelfi e Par da França, 9º Príncipe de Trivulzio-Galli, 9º Marquês Pontifício de Viminale, 9 Marquês Pontifício de Flaminio, 9º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial di Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXXV Chefe da Família etc, casado com Donna Carolina Lubelli dei Ducchi di Sanarica

11.  11º S.A.S. D. Francesco IV (& VIII) Antonio Gonzaga Trivulzio-Galli, Duque de Settefrati (1840-1928), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 11º Príncipe de Trivulzio-Galli, 18º Landgrave von Melzo, 14º Príncipe Soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Impero, 14º Duque de Mesolcina, 17º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 21º Príncipe de Pontemuro, 20º Príncipe de Mesolcina e 20º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 18º Príncipe de Amelfi e Par da França , Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, 10º Príncipe de Trivulzio-Galli, 10º Marquês Pontifício de Viminale, 10º Marquês Pontifício de Flaminio, 10º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde de Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde  de Monteodorisio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Fidei Custos, XXXVI Chefe da Família etc., casado com Maria Theresia Gräfin von Ballestrem di Castellengo

12.  12º S.A.S. (e S.A.R.) D. Pietro II (& V) Gonzaga Trivulzio-Galli, Duque de Melfi (1891-1979) Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 12º Príncipe de Trivulzio-Galli, 19º Landgrave von Melzo, 15º Príncipe soberano de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 15º Duque de Mesolcina, 18º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 22º Príncipe de Pontemuro, 21º Príncipe de Mesolcina e 21º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 18º Príncipe de Amelfi e Par da França, 11º Príncipe de Trivulzio-Galli, 11º Marquês Pontifício de Viminale, 11º Marquês Pontifício de Flaminio, 11º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial d Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde  de Monteodorisio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Fidei Custos, Eleito Rei dos Eslovenos, Croatas e Sérvios (como Pietro I), em 1918, porém não chegou a ser coroado, pois seu novo Reino foi anexado ao Reino da Iugoslávia XXXVII Chefe da Família etc., casado com a Condessa Giovanna Argenta[3]

13.  13º S.A.S. (e S.A.R.) D. Verginio I Gonzaga Trivulzio-Galli[4], Duque d’Alvito (1916-2012), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 13º Príncipe de Trivulzio-Galli, 20º Landgrave von Melzo, 16º Príncipe Titular de Mesolcina e do Sacro Romano Impero, 16º Duque de Mesolcina, 19º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 23º Príncipe de Pontemuro, 22º Príncipe de Mesolcina e 22º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 19º Príncipe de Amelfi e Par da França, 12º Príncipe de Trivulzio-Galli, 12º Marquês Pontifício de Viminale, 12º Marquês Pontifício de Flaminio, 12º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde  de Monteodorisio, Grande de Espanha de Primeira Classe, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, Príncipe da Coroa dos Eslovenos, Croatas e Sérvios, XXXVIII Chefe da Família etc., casado com a Marquesa Adélia Berti di Gaioni († 05/04/2005)

14.  14º S.A.S. Don Angelo II Eugenio Otto Gonzaga Trivulzio-Galli[5], Duque de Bojano (23/10/1953-19/12/2023), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 14º Príncipe de Trivulzio-Galli, 21º Landgrave von Melzo, 17º Príncipe Titular de Mesolcina e do Sacro Romano Império, 17º Duque de Mesolcina, 20º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 24º Príncipe de Pontemuro, 23º Príncipe de Mesolcina e 23º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 20º Príncipe de Amelfi e Par da França, 13º Príncipe de Trivulzio-Galli, 13º Marquês Pontifício de Viminale, 13º Marquês Pontifício de Flaminio, 13º Marquês Pontifício de Porta Angelica, Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial di Hinterrhein, Duque d’Atina, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XXXIX Chefe da Família etc., casado com a Marquesa Rosa Boni del Leone Rompante, filha do Marquês D. Frederico Angelo Boni e da Condessa Oliva Rosa Orso Piaia de Cesaro. 

15.  15º S.A.S. Don Andrea III Federico Albert Gian Giacomo Teodoro Pio Valente Giuseppe Maria Paolo Gonzaga Trivulzio-Galli[6], Duque de Venosa (19/02/1990), Príncipe do Real Sangue Capetíngio, Lugar-Tenente de Cristo como 15º Príncipe de Trivulzio-Galli, 22º Landgrave von Melzo, 18º Príncipe Titular de Mesolcina e do Sacro Romano Impero, 18º Duque de Mesolcina, 21º Conde-Duque de Alvito, Duque d’Átina, 25º Príncipe de Pontemuro, 24º Príncipe de Mesolcina e 24º Príncipe de Trivulzio e Par da França, 21º Príncipe de Amelfi e Par da França, 14º Príncipe de Trivulzio-Galli, 14º Marquês Pontifício de Viminale, 14º Marquês Pontifício de Flaminio, 14º Marquês Pontifício de Porta Angelica,  Príncipe de Versam no Reino da Boêmia, e Magnata da Hungria, Marquês de Scaldasole e d’Isola, Conde  del Trè Pievi, Conde  Imperial de Hinterrhein, Duque de Venosa, de Melfi e de Bojano, Conde  Imperial de Melzo, Marquês de Gorgonzola, Conde de Monteodorisio, Conde de Trivulzio, Príncipe de Gonzaga, Príncipe de Solferino, Marquês de Castel Goffredo, Fidei Custos, XD Chefe da Família etc.



[2] Filha de S.A. o Príncipe Anton Ulrich, Duque Soberano de Saxe-Meiningen e da sua primeira esposa, Philippine Elisabeth Cäsar.

[3] O sobrenome Argenta, de família radicada na Itália, é uma modificação do sobrenome d’Argentan, levado por alguns membros da Família Le Bel, da França, dos quais o ramo erradicado na Itália levavam o título de Condes d’Argentan. Na Itália este ramo da Família recebeu novo brasão d’Armas e a confirmação do título Condal.

[4] Teve como Padrinhos de Batismo Suas Majestades Imperiais, Reais e Apostólicas o Imperador Karl I da Áustria-Hungria e sua esposa a Imperatriz Zita de Bourbon-Parma (Arquiduques Herdeiros no momento do Batismo).

[5] Teve como Padrinhos de Batismo Suas Altezas Reais os Duques de Gênova, Príncipe Eugenio Alfonso Carlo Maria Giuseppe di Savoia e a Princesa Lucia Maria Raniera di Borbone-Due Sicilie.

[6] Teve como Padrinhos de Batismo Sua Alteza Imperial e Real o Arquiduque Otto von Habsburgo-Lorena, Duque de Bar, Chefe da Casa Imperial da Áustria e Real da Hungria, e sua esposa, a Princesa Regina von Saxe-Meiningen.

sábado, 21 de dezembro de 2024

Mensagem de Natal e de Ano Novo de S.A.S. o Príncipe D. Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Príncipe de Mesolcina, 21º Duque de Alvito

 


Ao povo de Mesolcina,

A Nobreza de Minha Casa,

Aos Cavaleiros e Damas das Ordens Dinástica de minha Casa

A Todos os Cristãos de boa vontade.

 

       Chegamos em mais uma Celebração do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mais uma vez somos chamados o olhar o Menino Deus, nascido da Virgem Maria e nos curvarmos diante do único Senhor dos Príncipes; mesmo, que, infelizmente, nos tempos em que vivemos as comemorações públicas do Natal estejam cada vez mais reduzidas. Todavia, os tempos são cíclicos e sabemos que em breve as comemorações do Santo Natal voltarão, juntamente com a restauração do Ocidente Católico.

 

      Desta forma desejamos que a Festa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo encontre a todos vocês com um lar feliz e estabilizado, que todos tenham a alegria, mesmo passando por momentos difíceis.

 

      Também comemoramos um novo ano civil, onde desejamos a todos tenham toda a felicidade que a Divina Providencia os reservou para 2025.

 

      São os meus votos que os faço em meu nome, em nome de minha mãe, Sua Alteza Sereníssima a Princesa-Mãe de Mesolcina D. Rosa, Duquesa de Bojano e em nome de minha noiva Thaís, Condessa de Montebello.

 

Sua Alteza Sereníssima o Príncipe

D. Andrea III Gian Giacomo

GONZAGA TRIVULZIO GALLI,

Príncipe e Duque de Mesolcina, Conde-Duque d'Alvito, Marquês de Melzo e de Castelgoffredo,

Príncipe de Mesocco e do Sacro Império Romano

Chefe da Principesca e Ducal Casa de Mesolcina

 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Missas pelo primeiro ano de falecimento de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Angelo Gonzaga Trivulzio Galli, 17º Príncipe e Duque de Mesolcina

 


Convidamos a todos para rezarem pela alma de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Angelo Eugenio Carlo Otto Giangiacomo Teodoro Pio Valente Simone Giuseppe Maria Luigi Gonzaga Trivulzio Galli (23/10/1953-19/12/2023), que foi o 17º Príncipe e Duque de Mesolcina, 17º Príncipe de Mesocco e do Sacro Romano Império, 20º Conde-Duque d'Alvito, 20º Duque d'Atina, 20º Príncipe de Molise, de Sannio, de Locati, de Sicciara e de Campobello di Licata, 25º Príncipe de Pontemuro, 24º Marquês de Melzo, etc. Chefe da Soberana, Principesca e Ducal Casa de Mesolcina.


Realizar-se-ão Missas na Paróquia Nossa Senhora da Natividade, em Ijuí, Rio Grande do Sul, nos seguintes dias e horários:

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024, às 16 horas

Sábado, 14 de dezembro de 2024, às 19 horas

Domingo, 15 de dezembro de 2024, às 8:30, primeira Missa

Domingo, 15 de dezembro de 2024, às 19 horas, segunda Missa


No dia 19 de dezembro, aniversário do falecimento:

Missa na Catedral Santo Antônio, Frederico Westphalen, às 07:30

Missa na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, Tenente Portela. 


Também se realizarão as Missas em todas as igrejas atendidas pelos Reverendíssimos Cavaleiros-Capelães da Ordem Religiosa-Militar de Santa Maria Gloriosa. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Folclore de Mesolcina: "A mão negra"/ schwarze Hand

 


A Mão negra é um artefato histórico, cuja origem é desconhecida. Trata-se, porém, de uma mão humana decepada e mumificada, que, com o passar dos séculos, adquiriu uma característica cor escurecida, vindo daí seu epíteto: a mão negra. Pelo pequeno tamanho, supõe-se tratar-se da mão de um jovem.


A lenda, contada para as crianças, é que a mão negra pertencia a um jovem nobre medieval, filho de um Cavaleiro, cujo pai, agindo com felonia contra o Príncipe D. Gian Giacomo II Trivulzio, era um mal cavaleiro. A esposa do dito cavaleiro, angustiada pela vilania do marido frente ao Príncipe de Mesolcina, seu Grão-Mestre, colocava-se em constante oração, na tentativa de converter o marido a ser um bom Cavaleiro. Todavia, essa atitude apenas fazia as maldades do cavaleiro piorarem, e o mesmo começou a maltratar a esposa.


Movido pelo mau exemplo do pai, o filho do casal ousou levantar a mão em agressão contra a mãe, pecando contra o IV Mandamento. Isso não passou despercebido pelos servos do casal, que buscaram o Bailio (representante do Marechal Judiciário do Príncipe de Mesolcina) e denunciaram a agressão do filho contra a mãe. Durante a investigação que foi imediatamente instaurada pelo Bailio, apurou-se a felonia do pai-cavaleiro e a agressão feita pelo filho contra a mãe, levando o Marechal Judiciário a agir em nome de seu Príncipe condenando ambos.


A mão negra de Mesolcina

Reuniu-se todo o povo e, diante da multidão, o verdugo decapitou o cavaleiro pela acusação de traição contra o Príncipe e decepou a mão do rapaz que ousou agredir a própria mãe. A mão, ao invés de decompor-se, misteriosamente permaneceu intacta como um aviso a todos os jovens do que iria acontecer, caso pecassem tão gravemente levantando a mão contra seus pais.


Desenho representando a cabeça decapitada do mal cavaleiro, junto da mão de seu filho, sendo apresentada ao Marechal Judiciário do Príncipe de Mesolcina

Com o passar dos anos, a mão mumificou-se e passou a ter um aspecto escurecido, lhe valendo seu nome "a mão negra", ou, schwarze Hand em alemão. O sinistro artefato foi mantido no Castello di Mesocco e depois transferido para o Castello Trivulzio, em Roveredo. Depois, como uma recordação da justiça, foi levado para as demais residências principescas da Casa de Mesolcina ao longo dos séculos, sempre acompanhada da sua lenda que é um aviso aos Cavaleiros, de que sempre devem honrar e obedecer ao seu Grão-Mestre, e as crianças, de que esse é o destino que espera os que agredirem seus pais.