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quinta-feira, 17 de julho de 2014

A Rosa Dourada, Emblema da Casa Principesca de Mesolcina





Qual o motivo de ser uma rosa dourada o emblema heráldico da Casa Principesca de Mesolcina, também chamada de Casa Principesca de Trivulzio-Galli? Esta pergunta tem sido feita por muitas gerações de heraldistas, sendo que muitas lendas foram levantadas para tentar elucidar tal questão.

É muito comum que as Casas Principescas da Europa, por muitas vezes terem brasões de armas muito complexos, adotarem em emblema heráldico para simbolizar a Casa, de modo a conservar o Brasão apenas para ocasiões mais solenes.

Assim foi que os Duques de Lancaster adotaram pela primeira vez uma rosa vermelha como símbolo de sua linhagem. Para combater a rosa vermelha, surgiu a rosa branca, dos Duques de York. Na realidade o primeiro Duque de Lancaster, João de Gant, foi irmão do primeiro Duque de York, Edmundo de Langley, uma vez que ambos eram filhos do Rei da Inglaterra Eduardo III Plantageneta e de sua esposa, a Rainha Filipa de Hainault. Ambas as rosas, a vermelha e a branca, lutaram por décadas na que ficou conhecida como “Guerra das Rosas”, em que Lancaster e York brigaram pelo Trono da Inglaterra.

Brasão da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Val Mesolcina


Outras dinastias também elegeram emblemas heráldicos, e por eles lutaram com todas as forças. Foram os Reis da França quem elegeram como emblema o lírio dourado, mais conhecido na heráldica como Flor-de-Lis. Pelos lírios da Casa da França Santa Joana d’Arc combateu a Giesta dourada, emblema da Casa de Plantageneta (Plantageneta, ou seja, plant genêt em francês, que quer dizer “Planta Giesta”).

Outros emblemas heráldicos despertaram grandes interesses de Cavaleiros e Campeões ao longo dos séculos. Foi a rosa vermelha e dourada, emblema dos Príncipes de Lippe, que se fez sentir ao longo de mil anos de história deste príncipes alemães. Quando os Condes de Schamburg, que eram representados pelo emblema de uma folha de urtiga branca, não tiveram herdeiros, foi a rosa vermelha dos Lippe que assumiu o Condado. Ambos os emblemas se combinaram, formando o peculiar emblema da Casa de Schamburg-Lippe, formado por uma rosa vermelha, posta dentro de uma folha de urtiga branca, utilizada no lugar do complexo brasão de armas destes Príncipes alemães.

Na Itália não faltaram emblemas heráldicos, foram os lírios azuis, emblema dos Farnese, que comandaram a política do Ducado de Parma por três séculos, e somente deram lugar em 1731 aos lírios dourados da Casa de Bourbon.
Também foram os lírios dourados da França que reinaram sobre o Reino das Duas Sicílias. Estes lírios foram os donos da vontade política de mais da metade da Itália por quase três séculos, onde a cultura, o iluminismo e o despotismo esclarecido reinaram mais do que os próprios Reis.

O emblema heráldico da Casa de Trivulzio-Galli foi muito utilizado, uma vez que o brasão desta Casa Principesca foi um dos mais complexos da Europa. Mas qual a origem de tão famosa imagem?

A Casa de Trivulzio-Galli surgiu da união de duas famílias Principescas. A Casa de Trivulzio, surgida na Bélgica antes do ano 1000, que ocupou a cidade italiana de Trivulza ainda no ano de 1150, e dai tomou seu nome, e da Casa de Galli, última linha varonil descendente diretamente do Imperador Carlos Magno, vez que descendiam de Bernardo I, Rei da Itália, através de seus netos, os Condes de Vermandois. Em 1280 chegaram à Itália, e ocuparam o Castello dei Galli, em Florença, e daí tomaram seu nome familiar.


Somente em 1650, com o casamento entre o Príncipe Tolomeo III da Casa de Galli, Duque Soberano de Alvito, com a Princesa Ottavia Trivulzio, filha do Príncipe Gian Giacomo III Trivulzio, Príncipe de Mesolcina, e da Princesa Giovanna Maria Grimaldi, filha do Príncipe Hércules I de Mônaco. Prevendo que a Casa de Trivulzio ficaria sem herdeiros, o Príncipe Antônio I Trivulzio cedeu em 1680 seus direitos dinásticos para seu primo o Príncipe Antônio Galli, segundogênito do casamento entre Ottavia Trivulzio e do Duque Soberano Tolomeo III Galli. A única exigência do Príncipe Antônio I foi que Antônio II adotasse o nome a as armas da Casa de Trivulzio. Nascia assim a Casa de Trivulzio-Galli.     

Mas mesmo assim fica a pergunta, qual a origem da rosa dourada com pétalas verdes, símbolo da Casa Principesca? A Casa de Galli, como continuadora da Dinastia Carolíngia, tinha por emblema o lírio dourado da França, porém também utilizava o emblema do leão dourado.


Armas dos Trivulzio, com o colar da Ordem Trivulziana de São Miguel e a Coroa antiga do Principado de Mesolcina
A Casa de Trivulzio tinha por armas um escudo palado (feito de faixas horizontais) em ouro e sinopla (amarelo e verde). Conta a lenda que Gian Giacomo II Trivulzio, O Grande, Margrave de Vigevano e Conde de Melzo, Comandante Militar de todo o exército do Rei da França, logo após conquistar o Feudo de Mesolcina das mãos dos Condes de Sax-Misox, em 1480, colocou o Principado abaixo da Proteção da Virgem Maria Santíssima. Logo após o oferecimento, estando o Príncipe sobre o Monte de Vogelhorn, chamado em italiano de “Pizzo Uccello”, lhe apareceu o Arcanjo São Miguel, e, tomando o escudo do Príncipe, fez brotar dele uma rosa nas cores do escudo, ou seja, uma rosa de pétalas amarelas, e folhas verdes.


Gian Giacomo II, descendo do Monte de Vogelhorn, ofereceu a rosa que recebeu do Arcanjo a Virgem Maria, e fundou a Ordem Trivulziana de São Miguel, para recordar sempre o grande feito da aparição do Arcanjo, e da tomada do Vale de Mesolcina pela Casa de Trivulzio.

Os Príncipes de Mesolcina adoraram então a rosa dourada e verde como emblema heráldico, que até hoje é mantido pelos Trivulzio-Galli.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Vaias, xingamentos, rainhas



Por Cora Rónai


O assunto já parecia esgotado, mas não: agora começo a receber pedidos de assinaturas em manifestos de desagravo e de apoio à d. Dilma, como se os xingamentos que recebeu na abertura da Copa fossem algo nunca ouvido. “Não porque ela é a presidente. Nem porque é do PT. Nem precisa gostar dela ou do PT. É porque uma senhora deve ser respeitada. Imagino que todos tenham mãe, irmãs, esposas ou mulheres próximas que não gostariam que fossem xingadas” escreveu uma amiga ao me encaminhar o terceiro pedido que recebi em menos de dois dias.
Ela está enganada. Como tanta gente já observou, não há figuras mais desrespeitadas em estádios do que as mães, e não é de ontem. Mas nunca, jamais, ninguém propôs um manifesto a favor das mães dos juízes, todas, suponho, senhoras de certa idade. Os manifestos estão surgindo exatamente porque Dilma é a presidente, porque é do PT (que sempre foi especialista em agitprop) e, sobretudo, porque estamos em ano eleitoral, e o partido ainda vai fazer o que puder para explorar politicamente o episódio. Como, aliás, faria qualquer outro partido — embora, mais uma vez, os petistas estejam forçando a mão na odiosa divisão de classes e raças que tem sido a sua marca registrada, ricos versus pobres, eles contra nós, cronópios e famas.
A verdade, porém, é que há mais do que uma eventual insatisfação com o governo por trás dos xingamentos dirigidos à presidente: o país vive uma era de boçalidade sem precedentes. Os piores palavrões viraram ponto de exclamação e são usados rotineiramente em alto e bom som nas ruas por homens e mulheres, passando por tudo aquilo a que, antigamente, se chamava de “arco da sociedade”.
A grosseria não é exclusividade de nenhuma classe. Está faltando educação, em todos os sentidos, a todos. Muita educação! As pessoas que xingaram a presidente apenas usaram, no estádio, as maneiras e palavras que usam, ou veem ser usadas, no seu dia a dia. Sejam “elite branca” (expressão que virou modinha sem que seus usuários percebam o quão asquerosamente é racista) ou qualquer outra parcela da população.
Este, infelizmente, é o país que temos.
o O o
E, por falar em rainha, a Copa do Mundo abriu gentilmente um espacinho no noticiário de sábado, na Inglaterra, para as comemorações do aniversário da Rainha Elizabeth II. O que nos velhos tempos parecia conservadorismo anacrônico, assenta-lhe muito bem aos 88 anos. Além de fofa, a véinha é um show de classe e de resistência. E o Duque seu marido, aos 93, não fica atrás: desfilou em carro aberto com um adereço de cabeça imenso, ridículo e ecologicamente incorreto, que deve pesar uma tonelada. Mais tarde, no balcão, fazia bela figura em jaqueta vermelha, alto, desempenado, costas retas, [...]
Penso nele e na Rainha como atletas master de uma categoria esportiva exótica e dispendiosa, na essência não muito diferentes da Mamãe e dos seus colegas de natação na galhardia com que enfrentam o passar do tempo. É lógico que reis vivem num mundo de privilégio que sequer concebemos, mas passar por tanta produção e se apresentar com tal esmero nessa avançada idade, chova ou faça sol, sendo filmados e fotografados sem tréguas, não é para amadores; e, no entanto, eles calçam aquelas botas e saltos, vestem aquelas roupas e chapéus incômodos, luvas, jóias e medalhas e seguem em frente, impávidos, saudando os súditos, acenando, eventualmente sorrindo, aguentando discursos e criancinhas.
Aliás, para mim, que não sou inglesa e não preciso pagar pelo espetáculo, nada no mundo se compara à família real britânica em termos de reality show. O elenco é enorme e bizarro, há romance, intrigas palacianas, gente de todas as idades, figurinos incongruentes e deslumbrantes, bandas de música, referências históricas, acrobacia aérea, cavalos aos montes — enfim, de tudo um muito, para agradar a todos.
(O Globo, Segundo Caderno, 19.6.2014)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Felipe VI, Rei da Espanha


Foi com grande alegria que o mundo assistiu a Proclamação de Sua Majestade Católica o Rei Felipe VI de Bourbon como Rei da Espanha, Rei de Castela, Rei de Leão, Rei de Aragão, Rei das Duas Sicílias, Rei de Jerusalém, Rei de Navarra, Rei de Granada, Rei de Maiorca, Rei de Toledo. Rei de Sevilha, Rei de Valência, Rei da Galiza, Rei da Sardenha, Rei de Córdova, Rei de Córsega, Rei de Minorca, Rei de Múrcia, Rei de Jaén, Rei dos Algarves, Rei de Algeciras, Rei de Gibraltar, Rei das Ilhas canárias, Rei das Índias Ocidentais Espanholas e Índias Orientais Espanholas das Ilhas do Continente do Mar oceano, Arquiduque da Áustria, Duque de Borgonha, Duque de Brabante, Duque de Milão, Duque de Atenas, Duque de Neopatria, Duque de Limburgo, Conde de Habsburgo, Conde de Flanders, Conde do Tirol, Conde de Rosellón, Conde de Cerdanha, Conde de Barcelona, Conde de Girona, Conde de Osuna, Conde de Besalú, Conde de Covadonga, Senhor de Biscaia, Senhor de Molina e de Aragón.

Vários dos títulos que Felipe VI utiliza como Monarca Espanhol são também utilizados por outras tantas Dinastias, porém sem nenhuma "disputa", vez que, é aceitável que um mesmo título seja utilizado por mais de um Príncipe, como é o caso dos títulos de Rei de Jerusalém, utilizado pelos Reis da Espanha, pelos antigos Reis da Itália e da França, e pelos antigos Imperadores da Áustria. O título de Duque de Borgonha é também utilizado pelo segundo filho do Príncipe Luís XX de Bourbon, Duque de Anjou, Chefe da Casa Real Francesa, assim como o título de Duque do Brabante é também utilizado pela Família Real Belga, ou o título de Duque de Milão, utilizado pela Casa Imperial da Áustria e pela Real da França, assim como o título de Conde do Tirol, título este também utilizado pela Casa Imperial da Áustria e pela Casa Principesca de Trivulzio-Galli. 

Juan Carlo I impõe a faixa de Comandante Geral das Forças armadas à Felipe VI

Felipe VI, seguindo a tradição da Monarquia Espanhola, não foi Coroado, como os Reis da Grã-Bretanha, ou mesmo Entronizado como os Reis dos Países Baixos, ele foi Proclamado, como somente o são os Reis da Espanha. 



Esta cerimônia de Proclamação dá início ao Reino dos Reis Espanhóis a mais de quatro séculos, onde os Reis são Proclamados pelo Parlamento. Na Cerimônia, Felipe VI já se apresentou como Rei, uma vez que após a renúncia de seu pai, o Rei João Carlos I, que passou a valer à meia-noite da quarta-feira para esta quinta, Felipe VI tornou-se imediatamente Rei, sendo que, foi como Rei que se apresentou ante às Câmaras, para fazer seu juramento de manter a Constituição e fazer cumprir as Leis. 

A Coroa de Prata: Coroa Real da Espanha.

A Coroa Real da Espanha, também chamada de COROA DE PRATA, é o símbolo dos Monarcas da Casa de Bourbon, tendo sido mandada fazer por Carlos III da Espanha, foi lavrada em prata, e coberta de ouro. É hoje uma das peças com menos valor econômico utilizada pelos Monarcas, custa cerca de 6 mil euros, porém é a mais expressiva, quando se trata de uma Monarquia com mais de quinhentos anos de história. 

Pavilhão pessoal de Felipe VI (clique para aumentar)

Felipe VI já tem um novo Brasão de Armas, e um novo Estandarte Pessoal. Não seguiu o padrão adotado or seu pai, preferindo um modelo mais próximo do escudo de seu bisavô, o Rei Afonso XIII. Em seu escudo não há a Cruz de Santo André, símbolo da Borgonha, nem o jugo e as flechas, símbolo dos Reis Fernando I e Isabel I, há apenas o Tosão de Ouro, símbolo de seu poder dinástico. 

Esperamos que Felipe VI saiba reconduzir a Monarquia Espanhola ao papel de destaque que sempre teve, entre as grandes Monarquias Europeias, e que seu reinado lembre aquele de Felipe V, Fernando VI ou Carlos III, que foram, sem dúvida, os maiores Monarcas de seu tempo. 

Andre III Trivulzio-Galli,
Príncipe Titular de Mesolcina, de Trivulzio-Galli e do Sacrossanto Império Romano-Germânico, Duque de Alvito, de Bojano, Margrave de Vigevano, Conde del Tre Pievi, de Melzo e de Alvito, Conde do Tirol, Barão Imperial de Retgno e de Bettole, Senhor de Trivulza, etc. etc.

sábado, 31 de maio de 2014

Postura, senhores!

Sua Alteza Real o Príncipe Dom João de Orléans, Príncipe de Orléans-Bragança, trineto do Imperador Dom Pedro II do Brasil (por ramo feminino, de Dona Isabel I do Brasil), bem como tetraneto do Rei Luís Filipe I dos Franceses [e não da França]. 

O Príncipe Dom João de Orléans não faz parte da Casa Imperial do Brasil, mas sim da realeza francesa, por ser um Membro da Casa de Orléans, ramo cadete da Casa Real de Bourbon da França. Pela ordem de sucessão (Legitimista) da França, Dom João ocupa 102º lugar na Linha de Sucessão ao Trono da França. 

A seguir expomos o texto escrito por Dom João de Orléans, no Estado de São Paulo (http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,postura-senhores-imp-,1167403), onde cobra a devida postura aos políticos brasileiros:

Brasão dos Príncipes de Orléans-Bragança

Postura, senhores!



Passaram-se 50 anos do dia em que nos afundamos numa ditadura. Será que aqueles que lutaram por um Brasil livre apoiariam a podridão que vemos hoje ou se sentiriam traídos por muitos que estão no governo? Faltam estadistas e falta postura pública, para que os eleitos deixem de lado a luta partidária e olhem pelo País, governem para todos e não deixem o Estado se transformar em feudo e o governo, em cabide de empregos. É o que estamos vendo.

Muitos se conformam e fecham os olhos, achando que os grandes avanços sociais dos últimos 20 anos permitem isso, um "rouba, mas faz" atualizado. Quem está na vida pública, porém, deve fazê-lo por ideal. Quem é eleito tem a obrigação de servir ao País, nunca se servir dele.

Vemos, na maioria daqueles que se dedicam à política, uma postura absolutamente oposta àquilo de que o Brasil precisa. Não há idealismo nem ética em muitos de nossos homens e mulheres da vida pública, características que devem ter aqueles que, pelo voto ou por nomeação, chegaram a uma posição em que a total transparência e a dedicação ao País têm de ser a condição básica. Isso parece um sonho hoje.

Quando o deputado André Vargas, ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, tenta explicar como e por que usou um jato emprestado de um doleiro que está preso e ainda fala, sem vergonha, que estava fazendo contato no Ministério da Saúde para o laboratório do doleiro - e gravações da Polícia Federal comprovam as suspeitas -, ele recebe aplausos de seu partido, o PT, em plenário, depois do discurso. Quando ele começa a incomodar, querem que renuncie. Não por causa dos indícios de tráfico de influência e corrupção. Queriam a renúncia para não atrapalhar o partido. Chegamos, assim, a mais um exemplo da decadência abismal na política, com a arrogância e a prepotência desses inimigos do Brasil.

Vargas e tantos outros não sabem que um homem público não pode usar jatos emprestados, nem receber favores de empreiteiras (alguém acredita que empreiteiras dão dinheiro a campanhas políticas por patriotismo?), nem presentes, nem facilidade de nenhum tipo. O servidor público tem de ser honesto e parecer honesto. Um homem público tem de limpar, primeiro, os podres dentro de seu partido, assim terá moral e respeito para tentar melhorar o País.

O ex-presidente Lula não poderia ter ido à casa de Paulo Maluf aliar-se a ele por minutos na televisão, uma vez que Maluf é procurado pela polícia em todo o mundo por peculato e evasão de divisas. Uma mancha na biografia de Lula, triste para nós, brasileiros. "Às favas com os escrúpulos" parece ser a palavra-chave na política.

Se os partidos soubessem que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve ser sempre feita quando há indícios de fraude com o patrimônio público, não tentariam instalar outra CPI como pressão para que a oposição desista. O PT deveria ser o primeiro a querer uma CPI da Petrobrás e o PSDB, o primeiro a querer a CPI do Metrô. Ambos foram eleitos para isso. Essa seria a política correta. Mas os brasileiros assistem de boca aberta a governo e oposição brigando pela abertura de CPIs não para descobrir fraudes, e, sim, para derrubar o adversário. Se fosse por patriotismo e postura pública, os primeiros a querer limpar a casa deveriam ser os que têm um mandato para... limpar a casa. Não são patriotas, enganam quem os elegeu.

O blocão liderado por Eduardo Cunha (PMDB) convocou, recentemente, dez ministros para deporem na Câmara. Que ninguém pense que foi pelo bem do Brasil ou pela moralidade nos ministérios. Não o fez antes porque não tinha nada para pedir em troca. Eles querem mais! Temos partidos "donos" de ministérios: o do Trabalho é do PDT, o dos Transportes é do PR, o de Minas e Energia é de José Sarney há décadas - e o gerente é Fernando Sarney, que tem processos e gravações com o pai de enojar os honestos. Ambos estão envolvidos com a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. O Maranhão parece uma escola de especialistas em políticas de energia pública. A cúpula do governo parece autista.

A maioria dos partidos políticos perdeu sua função. Deveriam existir para juntar ideias, programas de governo e políticas sociais com brasileiros idealistas. Mas se prostituíram. Vendem-se. Alguns são mesmo de "aluguel".

Muitos brasileiros estão anestesiados com a normalidade de ler nos jornais fatos como o de que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás, que está preso, foi "indicação" de José Janene (PP). Quase todos os cargos nas estatais e autarquias são "indicações". Não há democracia nem moralidade quando políticos que entram na política atrás de poder e dinheiro podem "indicar" pessoas para 20 mil cargos da administração pública (os chamados DAS). Esses cargos têm de ser preenchidos por técnicos concursados e político nenhum pode ter poder nessas nomeações. Essa é uma das causas da corrupção generalizada com "patrocinadores" e "padrinhos" nos diversos partidos da base de apoio. Por que existem 39 ministérios? É pura e simples moeda de troca com o que há de pior em caráter na vida pública. Vale tudo, e o que vemos é somente a ponta do iceberg. Se isso não mudar, o Brasil não vai mudar.

Temos uma corja incrustada na política e na administração, dos pequenos aos altos cargos públicos no governo. Acreditei que o PT iria mudar isso. De malfeitos em malfeitos e de faxina em faxina, tudo continua igual. As velhas e corruptas oligarquias continuam presentes e o mais decepcionante é que o PT, que lutou e levantou a bandeira da mudança, hoje é parceiro delas. Chamam quadrilha de "aloprados", roubo de "malfeito", mensalão de "recursos não contabilizados". Para eles, Sarney, Collor e Maluf têm reputação ilibada e idoneidade moral. Desrespeitam a Constituição, fragilizam a democracia e as instituições e desacreditam mais ainda a eles mesmos, a classe política.  

Dom João de Orléans e Bragança

quarta-feira, 19 de março de 2014

Um esforço pela Solidariedade



Muito se discute qual a real importância e missão das Ordens de Cavalaria em nossa sociedade hodierna. Não se deve duvidar porém, da força que possuem tais instituições religiosa-noiliares. A resposta para a pergunta de qual a missão das Ordens de Cavalaria em nossos dias não poderia ser outra senão uma A CARIDADE.

A caridade é a palavra-chave que deve ser tida em mente de todos os Cavaleiros e Damas das verdadeiras Ordens de Cavalaria em nossos dias. Pensando nisso, os Cavaleiros e Damas pertencentes às Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, também corretamente conhecida como Casa Principesca de Mesolcina, juntaram seus esforços em uma entidade comum, que será a responsável por capitalizar os esforços em prol da caridade emanados pelos Membros das diversas Ordens Dinásticas da referida Casa Principesca.

Cavaleiro da Sacra Milícia entregando cestas básicas para pessoas necessitadas em uma Paróquia Católica de São Paulo-SP


A ASSOCIAÇÃO PRINCIPESCA DOS CAVALEIROS E DAMAS DAS ORDENS DINÁSTICAS DA CASA PRINCIPESCA DE TRIVULZIO-GALLI, cuja sigla ASPO representa, nasceu da iniciativa particular dos Membros das seguintes Ordens Dinásticas, todas pertencentes ao Patrimônio Heráldica da Casa Principesca de Mesolcina:


- Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria (Sacra Milícia / Ordo dei Frati Gaudenti);
- Ordem Dinástica das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora; e
- Ordem Dinástica e Militar de São Teodoro Mártir. 

Os esforços dos Cavaleiros e Damas das seis Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Mesolcina serão presididos por Sua Alteza Ilustríssima a Condessa Dra. Simone Trivulzio-Galli, Dama da Grã-Cruz da Ordem das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora, Advogada e PhD em Direito pela Universidade de Buenos Aires a UBA.

Cavaleiros da Sacra Milícia prestando auxílio hospitalar a romeiros na Basílica de Aparecida do Norte, São Paulo.


Poderão ser sócios da Real Associação todos os Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas acima listados, que pagarem a taxa associativa, e as mensalidades estipuladas pela Diretoria. 

A Real Associação terá como principal objetivo, a reunião de donativos e captação de doações que serão utilizadas na manutenção da própria Real Associação, e em manter as obras de caridade assistidas pelas Ordens Dinásticas da Casa Principesca.

Cavaleiros da Sacra Milícia entregando medicamentos para as Freiras da Congregação Stella Maris, que mantém o Hospital Stella Maris de Guarulhos, São Paulo.


Todos aqueles que quiserem colaborar com esta iniciativa em prol da caridade, devem manter contato com a Secretaria da Real Associação através do e-mail racom@gmail.com

Lembramos a todos que esta é uma iniciativa particular dos Cavaleiros e Damas, não da Casa Principesca de Mesolcina. 
* As imagens são meramente ilustrativas.